A
primeira vez que visitei o campo de concentração de Majdanek em Lublin (http://pt.wikipedia.org/wiki/Majdanek), foi em Fevereiro de 2000, poucos dias depois de chegar à Polónia. O que senti então
foi o mesmo que senti há poucos dias, e que sinto sempre que visito este campo
ou outro qualquer. E já estive em cinco na Polónia. Raiva, ódio, medo, angústia,
tristeza, compaixão. Tudo isto potenciado pelas sensações físicas. O frio, o
cheiro a cabedal das centenas de sapatos acumulados num dos barracões, o som do
vento... Mas acima de tudo a sensação de impotência que nos deixa sem resposta,
sem uma explicação para tudo aquilo. A grande diferença entre o Holocausto e os
massacres do Ruanda, Arménia, Bósnia, por exemplo, não está na cor das vítimas ou
dos carrascos, na motivação ou no número de vítimas, mas sim na capacidade de
organização nazi. E é isto que realmente me choca. A organização até ao mais
pequeno detalhe burocrático e logístico da morte em massa de seres humanos. E este dom não está ao alcance de qualquer
nação por pior que isto possa soar e por mais anti-prussiano que pareça este
meu comentário. As fotos foram feitas com alguma dificuldade porque estava
muito frio, 18 graus negativos, mas a luz era perfeita e o entardecer sem uma
única nuvem.
Concordo com tudo o que dizes... e obrigada por me teres guiado nesse local. Bjs
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