terça-feira, 10 de agosto de 2010

Arquitectos alemães

O que mais me impressionou foram as dimensões. Tudo grande, gigante, faraónico como tão bem definiu o nosso "guia" improvisado Osvaldo(1). E a culpa é repartida entre os imperialistas prussianos, o Albert Speer e o tio Adolfo e os estalinistas. O que foi construído depois da queda do muro não é mais pequeno, mas tem mais vidro.





























A Porta de Brandemburgo - A frente ricamente decorada com um cartaz do festival de cinema de Berlim. Com tanto sitio para colocar o pequeno cartaz do festival, que com muita pena minha não fui, logo tinham que escolher aquele. No canto inferior direito temos o Caudillo e o Lehendakari do Clube Latino em amena cavaqueira ignorando a fome e o frio do Almirante.



(1)Ver versão em castelhano

Checkpoint Charlie

Outro local de peregrinação com pouco de original e transformado em circo para turistas. Vale pelo que simboliza. A casa do guarda e as famosas placas You are leaving... são réplicas e os guardas cobram um euro por uma foto. O soldado americano tinha mais saída que o francês. Talvez por estar melhor "colocado", em frente à casa do guarda, enquanto que o seu colega estava no passeio debaixo da placa e com os lábios azuis do frio.




segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Berlim

A Fernsehturm Berlin, a torre da televisão de Berlim tornou-se um dos símbolos da cidade. É impossível não tropeçar naquilo. Em pleno centro da cidade, ao lado da não menos famosa Alexanderplatz, tem 368 metros e foi construída entre 1965 e 1968. O então Secretário Geral do Partido Socialista Unificado da Alemanha, Walter Ulbricht achou que a melhor forma de mostrar a superioridade da RDA seria construir uma versão ainda maior da torre da televisão de Estugarda. O Freud seria de outra opinião.









O muro, ou que resta dele é a maior atracção turística da cidade e as autoridades a esta hora já devem estar arrependidas de o terem demolido. Arrependidas porque mataram uma das galinhas dos ovos de ouro do turismo da cidade. Se não a mataram, pelo menos deixaram-na bastante mutilada.








Estou de volta II ( a saga continua)

Espero que seja desta que este blog ressuscita. Não gosto desta palavra porque não acredito em zombies mas pareceu-me adequada. Agora já me parece menos até porque o blog não morreu. Digamos que hibernou. E agora depois de um longo sono de Inverno acordou com o calor do Algarve. Porque aqui o moce...deb...está dos Algarves. Isto não é para quem quer mas para quem pode. Ao Algarve já voltarei. E antes que os achaques da velhice me comecem a atacar e a memória a falhar e me transforme num viejo verde, o melhor será recordar os últimos tempos. E nos últimos tempos...estive em Berlim numa visita oficial do Honorable Club Latino de Lublin. Berlim sempre fez parte do meu imaginário e se calhar por isso mesmo voltei de lá um pouco desiludido. O tempo não ajudou, frio, neve e o céu cor de chumbo. No verão talvez seja uma cidade bonita mas em Fevereiro é apenas uma versão rica de Varsóvia. O que não faz de Berlim necessariamente uma cidade mais bonita do que a sua vizinha. Do pouco que pude ver em três dias houve algo que me chamou a atenção: a arquitectura moderna pós-muro. Os exemplos são muitos e para todos os gostos. Basta ver a área envolvente do Reichstag ou da Potsdamer platz. Do pós-guerra pouco restou e os vestígios do período nazi quase não existem. Como o bom gosto nunca foi o forte dos vermelhos o que construíram ou reconstruíram prima pela grandiosidade e cinzentismo. Tudo isto torna a cidade um pouco impessoal. Apesar desta desilusão fiquei com vontade de voltar... no Verão.

PS: A versão castelhana da crónica da visita oficial do Club Latino a Berlim, encontrarão no sitio do costume.